Distúrbios da Menstruação e Alterações do Ciclo Hormonal

Desde a puberdade até a menopausa, o ciclo menstrual faz parte do funcionamento natural do corpo feminino. A cada mês, sob influência de hormônios, ocorre a liberação de um óvulo e a preparação do útero para uma possível gestação. Quando não há fecundação, o revestimento interno do útero se desprende, originando o sangramento menstrual e iniciando um novo ciclo.

Os distúrbios menstruais acontecem quando há alterações na regularidade, duração ou intensidade do fluxo menstrual, ou ainda ausência de menstruação. Essas variações afetam cerca de 20% das mulheres em alguma fase da vida e podem indicar desequilíbrios hormonais, emocionais ou condições clínicas específicas.

Entre as principais causas, destacam-se fatores hormonais (como a Síndrome dos Ovários Policísticos, hiperprolactinemia, problemas de tireoide e menopausa precoce), físicos (miomas, cistos, tumores) e emocionais (estresse intenso, transtornos alimentares, entre outros).

Os principais distúrbios menstruais incluem:

• Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP): desequilíbrio hormonal que causa irregularidade menstrual, acne e aumento de pelos.

• Amenorreia: ausência de menstruação, primária (nunca ocorreu) ou secundária (cessou após ter sido regular).

• Menstruação irregular: ciclos muito curtos, longos ou imprevisíveis.

• Menorragia: fluxo menstrual excessivo e prolongado.

• Oligomenorreia: menstruação pouco frequente (intervalos acima de 35 dias).

• Hipomenorreia: fluxo menstrual muito leve.

• Dismenorreia: dor menstrual intensa.

• Anovulação: ausência da liberação do óvulo, causando irregularidade no ciclo.

• Hiperprolactinemia: excesso do hormônio prolactina, que pode causar ausência menstrual, secreção de leite e alterações de libido.

• Alterações da tireoide e das glândulas suprarrenais: interferem na regulação hormonal e no ritmo do ciclo menstrual.

Essas condições podem vir acompanhadas de sintomas físicos e emocionais e, quando não tratadas, afetar a fertilidade e o bem-estar.

O acompanhamento médico — especialmente com ginecologista ou endocrinologista — é fundamental para o diagnóstico correto. O tratamento depende da causa e pode envolver ajuste hormonal, mudanças de estilo de vida e controle das condições associadas.